YMBORÉ É VIDA
Para os indígenas, cantar e dançar é uma forma de “falar” com o Criador / Grande Espírito / Tupã. Fazer o ritual do Toré (To= som + Ré = Sagrado) envolve muitas artes: a pintura corporal, os cocares, a vestimentas; o ritmo, a sincronia, a música; a sintonia nas relações entre as pessoas, com os animais, com os elementos da Natureza, com os Ancestrais; envolve respeito, ciência, crença e fé. Muitos rituais são particulares e são guardados em segredo. Outros ou parte de outros são mais abertos e inclusive pessoas não indígenas podem participar. Esta obra surge de uma conversa com os indígenas da “Aldeia do Cachimbo” em “SINCRONIA SONORA” com Andreas Rauh, Tom Jackson e Sebastián Gerlic. Os indígenas decidem mostrar parte de sua cultura na intenção de diminuir os preconceitos. Andreas e Tom realizam uma Residência Artística na aldeia que permite a cocriação de muitas obras. Entre essas produções, o vídeo: “RITUAL DE TORÉ”, gravado em 360 graus no meio da mata, com som binaural. 20 indígenas Ymboré dançam e cantam seu ritual de Toré envolta da tecnologia que os registra, permitindo ao público “viajar” de forma imersiva para o ritual.
Tom Jackson é pesquisador, professor, DJ e artista inglês. Andreas Rauh é pesquisador, professor, produtor, DJ e músico brasileiro radicado na Irlanda. Ambos conviveram na “ALDEIA DO CACHIMBO” (BA) em setembro de 2019, no marco do projeto AEI – Arte Eletrônica Indígena. Em outras duas oportunidades, na Bahia e em Leeds (Reino Unido), apresentaram outras produções dessa residência. Esta é a primeira vez que se realiza uma montagem com 9 metros de led.
Recomendamos:
- Experimente o ritual através do vídeo 360 pelo smartphone “Toré Ritual dos Ymbore”.
- Assista o making of da residência “SINCRONIA SONORA”
- Vídeo de reflexões pós residência “YMBORÉ – Arte Integrada a Vida”.
- Documentário ALDEIA DO CACHIMBO (13 minutos – 2020);
- Conheça o vídeo da primeira Residência Artística na Aldeia do Cachimbo: Arte Eletrônica Indígena – Reflexões com Imboré (8 minutos – 2018)
- Artigo: Simões, Alessandra. “A ancestralidade high-tech dos povos originários.” Arte e Crítica, vol. 17, no. 50, 2019.
- Book: “Decolonising the Museum – The Curation of Indigenous Contemporary Art in Brazil” by Thea Pitman – 2021
- Artigo: “INDIGENOUS ARTISTS OCCUPY BAHIA’S MUSEUM OF MODERN ART” By Thea Pitman | 28 July, 2021
- CANAL de Youtube “CIÊNCIA DO PAJÉ” (Hangorroy Ymboré)
- CANAL de Youtube “AYRA NA MINHA ALDEIA TEM” (Ayra Ymboré)
- ‘Indigenous Artists Occupy MAM: Indigenous Curatorial Takeover of Bahia’s Museum of Modern Art’, Latin America Bureau, 17 May,https://lab.org.uk/indigenous-artists-occupy-mam/ (2021).
- ‘“Aterrando” a arte eletrônica na exposição Arte Eletrônica Indígena (MAM-BA, Salvador, 2018): uma resenha ecocrítica’, Resistências poéticas: arte, crítica e direitos humanos, Anais da LXI Jornada da Associação Brasileira de Críticos de Arte, November 25-27, 2020, Itabuna, ed. by Alessandra Mello Simões Paiva. Itabuna: Universidade Federal do Sul da Bahia, pp. 32-38, https://issuu.com/abcainforma/docs/jornada_abca_2020, (2020).
- ‘Earthing Electronic Art: An Ecocritical Review of the “Arte Eletrônica Indígena” Exhibition, Museum of Modern Art, Salvador da Bahia, 2 Aug-2 Sept 2018’, Proceedings of 9th International Conference on Digital and Interactive Arts (ARTECH 2019), October 23-25, 2019, Braga, article 57, pp. 1-4, https://dl.acm.org/doi/10.1145/3359852.3359915(2019).
‘Why Brazil’s Indigenous Communities are Creating Avant-garde Electronic Art’, ‘Turning Points’ blog series, The British Academy,1, May, https://www.thebritishacademy.ac.uk/blog/summer-showcase-2019-indigenous-communities-electronic-art (2019).