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A ilustração nesta página é uma cocriação entre o Coletivo Kókir (Sheilla Souza e Tadeu dos Santos Kaingang) e Menbyra Iasy Tupinambá; a obra foi produzida no marco da residência artística AEI, em 2018.

ESCOLARES

Esta página quer contribuir com todos aqueles educadores que têm a coragem de valorizar a diversidade cultural em diálogo e as culturas que nos últimos 522 anos vem sendo oprimidas. A humanidade tem um tesouro orgânico comum, a diversidade viva, da qual todos somos protagonistas, da qual aprendemos e crescemos. Diversidade é fonte de vida, nós somos responsáveis por cuidá-la com amor.

Sempre lembre que não existe “um índio”, mas sim pessoas que pertencem a povos, povos que têm culturas, artes, ciências, memórias, História… Lembre-se que pessoas e povos têm direitos, muito especialmente o direito de ser quem são. Lembre-se que tudo é dinâmico, que, assim como os portugueses contemporâneos não vivem da mesma forma que os portugueses de 1500, os indígenas também não. Todos nos influenciamos mutuamente, todos respiramos o mesmo ar, pisamos na mesma terra, bebemos a mesma água e nos aquecemos e nos iluminamos pelo mesmo fogo. Todos nossos corações estão unidos, no ritmo natural da vida. 

Neste mundo chamado de “moderno” muitas pessoas se desconectaram do amor, da natureza, da vida e, nesse sentido, muitos indígenas atuam como “professores” da “reconexao”. É essencial estar conectado com si mesmo, com os outros todos, com a vida mesma.

Tradicionalmente nas comunidades indígenas não existem órfãos, mendigos, prostituicao, corrupção… Não limite sua aula a falar das palavras indígenas no portugues cotidiano, a falar das plantas domesticadas pelos indígenas ou a história do passado; saiba que são um milhão de pessoas indígenas vivas hoje no Brasil, pertencentes a aproximadamente 300 povos diferentes, com 200 línguas distintas. Vai para além das aparências, valorize os conhecimentos, as sabedorias e os valores indígenas. Sinta as diferentes musicalidades, respeite incondicionalmente todas as diferenças.

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