Apresenta

“CARA”

Cocriações Artísticas

Resistências e Ancestralidades

Com o nome de “CARA” apelidamos carinhosamente a iniciativa “Cocriações Artísticas – Resistências e Ancestralidades” que nasceu de um convite de Professora Dra. Alessandra Mello Simões Paiva da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) à ONG Thydêwá e desta ao coletivo Kokir. Provocados pelo evento das Jornadas da Associação brasileira de críticos de Arte (ABCA) 2020 idealizamos a “CARA”, um Encontro a dois tempos, primeiro um aberto a diálogos descontraídos entre discentes da Universidade interessados focando a partilha sobre palavras chaves como: Arte, Ancestralidades e Resistências. Logo depois, um segundo momento de Encontros convidando dois indígenas Imboré a cocriar junto com artistas discentes da Universidade. Através de ferramentas digitais como o zoom e o whatsapp os diálogos fluíram, e nessas estradas de mão dupla ou e nessas pontes de multiples mãos, da diversidade em magia alquímica surgiram três expressões artísticas:

Naturidades Imboré

[yottie id=”2″]

 Naturidades Imboré. Vídeo cocriação entre: Ayra Imboré, Pajé Hangorroy Imboré e Alex Girassol. Duração: 5’53. Pindorama/ Brasil, 2020. Produção realizada nas Jornadas da Associação brasileira de críticos de Arte (ABCA) 2020-  Resistências poéticas: arte, crítica e direitos humanos – CARAS Convocatória Cocriações Artísticas – Resistências e Ancestralidades. Realização: Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Pró-Reitoria de Extensão e Cultura. Coordenação ONG Thydêwá e Coletivo Kokir. Curadoria compartilhada entre Povo Imboré, ONG Thydêwá, artistas participantes e Coletivo Kókir.

Sinopse

Naturidades é uma palavra criada por Ayra Imboré. É o fio condutor da vídeo-colagem produzida a partir de reflexões sobre a retomada do território-presença da etnia Imboré na aldeia do Cachimbo. O trabalho reúne e justapõe vídeos, fotografias e áudios, registrados por Ayra e pelo pajé Hangorroy. A produção de imagens e sons transcendentes estão ancorados em sua matriz espiritual. Afirmam a possibilidade de dizer sobre suas existências resistentes, sua ancestralidade que salta em seus movimentos pela Mãe Terra. Oportunidade de dizer o que se quer e se pensa da vida e de suas relações com o mundo dos brancos, a política do Maracá na chegada e na partida ao etéreo, a sabedoria de dizer do coração em um mundo voltado para as nuvens no cume do ego ocidental.

Caminhos do imaginário

[yottie id=”3″]

 Caminhos do imaginário. Vídeo cocriação entre: Ayra Imboré, Pajé Hangorroy Imboré, Bonikta, Oli Helena e Sadan. Duração: 2’22. Pindorama/ Brasil, 2020. Produção realizada nas Jornadas da Associação brasileira de críticos de Arte (ABCA) 2020 – Resistências poéticas: arte, crítica e direitos humanos – CARAS Convocatória Cocriações Artísticas – Resistências e Ancestralidades. Realização: Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Pró-Reitoria de Extensão e Cultura. Coordenação ONG Thydêwá e Coletivo Kokir. Curadoria compartilhada entre Povo Imboré, ONG Thydêwá, artistas participantes e Coletivo Kókir.

Sinopse:

A cocriação “Caminhos do Imaginário” é uma video-perfomance com animações que traçam um caminhar ancestral conectado pelas águas, um encontro de águas doces e salgadas que expressam a espiritualidade ligada à proteção. Os pés que se afundam na areia da praia, os pés que tateiam as pedras do igarapé, são os mesmos pés que sempre nos levam na eterna caminhada do autoconhecimento, que promove a cura de nós mesmos. O destino é um mergulho, uma submersão na ancestralidade. A trilha sonora é um canto produzido pelos Imboré, que traz a força que acompanha essa caminhada, como um guia, que no balançar do maracá, mostra a direção a seguir. Para que não nos falte pés para continuar a peregrinação de aprender a ir e vir, assim como as ondas do mar, como diria o marinheiro: o cais e deixar fluir com leveza tal qual as águas doces.

Imboré, 2020

[yottie id=”4″]

Imboré, 2020. Vídeo cocriação entre: Ayra Imboré, Pajé Hangorroy Imboré, Deivison Chioke e crianças Imboré da Terra Indígena Aldeia do Cachimbo. Duração: 54’. Pindorama/ Brasil, 2020.  Produção realizada nas Jornadas da Associação brasileira de críticos de Arte (ABCA) 2020-  Resistências poéticas: arte, crítica e direitos humanos – CARAS Convocatória Cocriações Artísticas – Resistências e Ancestralidades. Realização: Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Pró-Reitoria de Extensão e Cultura. Coordenação ONG Thydêwá e Coletivo Kokir. Curadoria compartilhada entre Povo Imboré, ONG Thydêwá, artistas participantes e Coletivo Kókir.

Sinopse:

“Imboré, 2020” é uma animação que apresenta aspectos da existência e a resistência Imboré. Fazem parte do trabalho: elementos do dia a dia dos Imboré, como a Seriema desenhada pelas crianças indígenas; as colagens de Deivison; as fotografias da comunidade feitas por Ayra Imboré e o canto do Pajé Hangorroy.

A animação inicia-se com a imagem de um indígena personificando Tupã, divindade de onde saem borboletas e com o verbo expressa o canto, dando início ao movimento da vida. Em seguida, um indígena sai da flor, no início da vida humana, indo em direção a aldeia. Então, entra a ave sagrada, Seriema, abrilhantando a aldeia ao fundo. O vento passa como o tempo soberano entre as plantas. A cocriação teve a participação das crianças Imboré com seus desenhos, de Ayra com suas fotografias e do Pajé como referência para criação do personagem. Em um momento da animação ele pisa suavemente sobre a terra, para e acaricia uma pequena árvore. Já deitado sobre as folhas olha para o céu, com os olhos entreabertos vê o vento, Tempo, passando. A Seriema sobrevoa subindo em direção ao céu. Ele sorri feliz.

[yottie id=”5″]